segunda-feira, 1 de abril de 2013
Uma nova estrada
A morte não é o final.
Eu somente
passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como
sempre foi.
Eu sou eu,
você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos, permanece
intocada, imutável.
O que quer
que tenhamos sido um para o outro, ainda somos.
Chame-me
pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira como sempre fez. Não mude
o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor.
Ria como
sempre o fizemos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim.
Deixe que
meu nome seja uma palavra comum em casa, como sempre foi. Faça com que seja
falado sem esforço, sem sombra.
A vida
continua a ter o significado que sempre teve.
Existe uma
continuidade absoluta e inquebrável. A ligação não foi interrompida.
O que é a
morte?
Por que
ficarei fora dos seus pensamentos apenas porque estou fora do alcance da sua
visão?
Eu não estou
longe, apenas estou do outro lado do caminho.
Estou
simplesmente à sua espera, como num intervalo bem próximo, na outra esquina.
Você que aí
ficou, siga em frente. A vida continua bela, como sempre foi.
Tudo está
bem.
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