quarta-feira, 19 de junho de 2013
Se eu morrer
antes de você, faça-me um favor:
Chore o
quanto quiser, mas não brigue comigo.
Se não
quiser chorar, não chore.
Se não
conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver
vontade de rir, ria.
Se os amigos
contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente a sua versão.
Se me
elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me
criticarem demais, me defenda.
Se me
quiserem fazer um santo só porque morri, mostre que eu tinha virtudes, mas
estava longe de ser o santo que imaginam.
Se lhe
disserem que cometi muitos erros, mostre que eu talvez tenha errado muitas
vezes, mas que passei a vida inteira tentando acertar.
E se tiver
vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
“Foi meu amigo, acreditou em mim
e sempre me quis por perto.”
Se então
derramar uma lágrima, eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
Gostaria de
dizer para você que viva como quem sabe que vai morrer um dia, e que morra como
quem soube viver direito.
Amizade só
faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o
seu começo.
Mas, se eu
morrer antes de você, creio que não vou estranhar o céu, pois ser seu amigo, já
é um pedaço dele.
* * *
Valorizemos
sempre os amigos que conquistamos durante a jornada terrestre. São eles que
perfumam e suavizam nossos dias e preenchem nossa vida com as mais belas
lembranças.
Alguns são como
verdadeiros irmãos. Caminham ao nosso lado nos dando a certeza de que podemos
buscá-los, a qualquer momento, porque sempre estarão prontos a nos amparar.
Ofereçamos
também a nossa lealdade. Sejamos aquele que se preocupa verdadeiramente com o
outro, que doa seu tempo, que oferta compreensão e acolhimento.
Por vezes
guardamos a impressão de que os encontros com essas pessoas especiais são na
verdade reencontros, que foram anteriormente combinados entre as almas para
acontecer no momento certo, superando tempo e espaço.
Essa sensação
ocorre quando acabamos de conhecer alguém e logo detectamos uma grande
afinidade. Também uma intensa alegria em estar próximo.
Mas, é possível
que nos decepcionemos com esses companheiros, em algum momento. É
compreensível, pois somos todos falíveis. Nesses casos, procuremos não guardar
rancor.
Recordemos que
foi um amigo que acusou Jesus e que outro O negou. Alguns O abandonaram e
atribuíram-Lhe a responsabilidade pelas dores que passaram a experimentar.
E, mesmo assim,
Jesus não os censurou e nem os abandonou. Por amá-los em abundância, os buscou
novamente e os conduziu de volta ao reino de Deus.
Por fim, não
fiquemos tristes quando chegar a hora de nos despedirmos dessas pessoas
queridas.
A despedida é necessária antes de podermos nos
encontrar outra vez. E, nos encontrar de novo, depois de momentos ou de vidas,
é certo para os que são amigos.
Fonte: Redação do Momento Espírita, com texto inicial, de autoria desconhecida.
Em 19.6.2013.
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